quinta-feira, 26 de março de 2009

Clarividências

Eu ia escrever um monte de coisas bonitas.
Ao menos para mim eram bonitas.
Eu queria falar da minha época de faculdade, que não tem tanto tempo assim, mas que já passou e por isso virou "época".
Queria contar das maravilhas de se viver em uma república de universitários e dos perrengues da mesma situação.

Queria lembrar de como era bom passar vergonha quando algum parente sem noção resolvia visitar a gente no sábado de manha. Por Favor! Moramos sozinhos, somos universitários e somos no mínimo 3 pessoas diferentes, com amigos e gostos diferentes. Como vocês queriam chegar na nossa casa sábado, as 9 da manhã e não encontrar garrafas de cerveja, cinzas de cigarro, copos, restos de pizza e pessoas dormindo na sala? Só com muita sorte não faríamos alguma "coisinha" na sexta a noite. É assim mesmo: casa de universitário, lugar oficial das "reuniões". Parentes, vocês não tinham por que ficarem bravos. Nesse caso os errados eram vocês! Deveria virar regra: visitas, só agendando com 2 dias de antecedência, no mínimo!

Eu também queria falar de como era bom acordar todas as manhãs e falar: "Mônica, você não vai pra aula? ... Ai, não acredito cara, de novo?". Subir uma ladeira imensa e escutar la de baixo: "That's,Paulo, me esperem!". E lá vinha a Mônica, arrumando o cabelo e atrasando todo mundo...

Era legal ter para quem perguntar se a roupa estava boa, ter com quem discutir sobre os afazeres domésticos, ter em quem enfiar uma receita que aprendeu com a mãe - mesmo não tendo a menor idéia se aquilo ali estava prestando.

O balanço geral de tudo isso foi positivo!

Nos ajudamos, nos conhecemos, nos amparamos, nos dedicamos, nos suportamos. Formamos nossa família. Única e cheia de plurais.
E o que fica em mim é essa saudade, gritante!
Teremos novos amigos, mas jamais teremos outra família. Não como a nossa!



"Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira".
Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada uma delas...
Sua tarefa é aceitar a lição, ama-las, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida.
É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente".
Martha Medeiros

12 comentários:

  1. Oi Tatá!!
    Eu nunca morei em República, mas o seu post me fez lembrar de tantas coisas gostosas que já vivi com amigos.
    Me fez lembrar da época do Pécora, das escolas que passei, supletivo, do futebol, da banda e, dos vários amigos e estrupulias que vivemos depois dos 18 anos.
    É o tipo se saudade saudável, gosto disso!!
    Beijo!!

    ResponderExcluir
  2. AAAEeee aeeee que nostalgia gostosa

    eu tive a sorte de viver pelo menos um pedaço dessa epoca com vc, e conhecer pessoas maravilhosas da qual vc falou, e realmente foram momentos impagaveis, sumer a 1 real, tirar comida da geladeira pra por cerveja, sentar no chao por falta de cadeira, ficar com preguiça de lavar os pratos contados euhuehuehuehueh e tantas outras coisas q eu passaria o dia escrevendo...

    Em fim otimas lembranças

    bjussss

    ResponderExcluir
  3. Sempre tem algo pra nos deixar uma saudade imensa, né? O tempo de colegial, a vida acadêmica, morar com papai e mamãe, até mesmo aquele cachorrinho que morreu atropelado pelo caminhão quando deixamos o portão aberto enquanto colocávamos o lixo pra fora!
    Gosto dessas nostalgias. Elas nos fazem aproveitar um pouco mais momentos atuais que sabemos que, logo, será mais um próximo motivo pra nostalgias.

    Gostei daqui! ;)
    Beijo!

    ResponderExcluir
  4. Ai que saudades que me deu de tudo aquilo... a cada palavra sua eu me lembrava das inúmeras situações que passamos na sua casa Thaís!!! Oh tempo bom hein!!! Obrigada por me fazer relembrá-los... e continue escrevendo sempre... estou curtindo muito seus textos... quem sabe um dia não vira um livro????

    ResponderExcluir
  5. Thaís, o que você escreveu não é 100% da minha realidade hoje, mas em partes sim!
    É bom essa nova etapa na nossa vida, estou começando a minha agora e espero no futuro não muito distante poder olhar para traz e dizer..."Valeu a pena"!
    Danilo!!!

    ResponderExcluir
  6. Acabei de ver que é jornalista. Que legal!
    Estou me transferindo pro curso de jornalismo também. Gostaria de conversar com você sobre isso algum hora.

    Vou te linkar no meu.
    Besos!

    ResponderExcluir
  7. Experimentar as receitas que aprendeu com a mãe. Essa deve ter sido a melhor parte!
    ;)

    ResponderExcluir
  8. NEm em fale..eu fui nas festinhas...vc esqueceu de falar dos sapinhos verdes...de quem era mania que nem lembro mais, acho que era sua....

    ResponderExcluir
  9. Thaís...
    Que surpresa gostosa!
    Obrigado pelo apoio, nossa causa deve ser tratada com seriedade pela sociedade!

    Muito bom seu blog... intimista, limpinho, tranquilo, cool...
    bem diferente do que divia ser a sua república... hauahuahuahuah

    twitereite!

    ResponderExcluir
  10. Pronto... Atualizei!
    Agora só falta você
    (iê, iê... agora só falta você!)
    hahah... que idiota, me lembrei da música da Rita Lee!

    entim, Thais.
    Adoraria conversar com vc se possível, estou entrando no curso de jornalismo agora e você deve saber as milhares de dúvidas que tenho. rs...

    vc tá atuando?
    se puder, me add no msn: leks_soares@hotmail.com

    Beijo! ;)

    ResponderExcluir
  11. Tats... eu não matava aula não tá... e nem me atrasava, olha a calúnia ¬¬
    Cara... sinto tanta, taaanta saudade dessa época, às vezes me dá uma saudade quase insuportável, uma saudade muda, indefinível, que nem lágrima vira porque não tem força nem pra isso. Adorei seu texto, me deixou muito nostálgica. Muita saudade de vc amore.

    ResponderExcluir