quinta-feira, 3 de maio de 2012

Esperando por você (que ainda vai chegar).

 O que será que tem na trouxinha da Cegonha?
 Quem é será que vem embrulhado nessa fronha?
 Será menina, ou menino?
Não me importa, eu nem ligo.
 Pode ser azul ou cor-de-rosa.
Verde e Amarelo, se preferir.
Aqui tem amor de sobra, daquele que transborda,
Que não tem tamanho, nem maneira de medir.
Aqui tem um colo de tia,
Que não vê a hora de te ver sorrir.

Poeminha infantil escrito para aquele, ou aquela, que ainda vai chegar. Com muito amor da Tia Madrinha.
Obrigada Maria e Fernando por estarem na minha vida e por deixarem eu fazer parte da de vocês também.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Armaduras que guardam almas.

Ao Cavaleiro de coração blindado, escrevo sobre os medos que enfrentei e sobre tudo o que deixou de ser futuro.
Conto da paixão escrita, dos lamentos em forma de oração e das lembranças de pés gelados que nunca se esquentaram.
Sobretudo, conto-lhe da espera por dias que não mais virão e das donzelas que esperam para que seus reinos sejam, enfim, guardados por aquele de escudo reluzente e intransponível.
Quisera eu que a armadura cobrisse apenas o casco.



Vem o vento e vai
Passando pelas folhas
Varre o céu e vê o cavaleiro do luar
Eu criança
No batente da porteira
Debruçado na janela das estrelas
Também sonho ser o cavaleiro do luar
Galopar
Pela poeira do caminho
Querendo os homens, meninos

Cavaleiro do Luar - Almir Sater

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mentiras Sinceras

Eu gosto mesmo é dessa sua cara de nada com sobrancelhas finas.
E do jeito que eu deixo você entrar na minha vida quando eu bem entendo e porventura lhe convém.
Não são à toa os meus cálculos.
Eu gosto disso de fazer de conta que nem ligo e de você fingir acreditar.
Afinal, ta tudo bem, meu bem.
Mas é só quando você coça minhas costas, enquanto eu enrolo o dedo no seu cabelo, que vem o riso de termos chegado exatamente onde queríamos.
A gente brinca de faz de conta pra não precisar fingir um pro outro.
Que ironia, não?!



Pequenas porções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Enquanto ela não chegar...



Quando você chegar, encherá de flores todos os vasos da nossa casa
E cobrirá de amores todos os cantos da nossa alma.
Quando você chegar, mesmo que em intenso inverno, aquecerá nossos braços
E iluminará cada cômodo de nosso lar.
Quando você chegar, receberá nome de Rainha
E será, para sempre, nossa princesa.
Que seja breve sua chegada
E que se estenda pela eternidade sua morada, pequena Maria.



...Que o sol de um novo amor em breve vai brilhar
Vara a escuridão, vai onde a noite esconde a luz
Clareia seu caminho e acende seu olhar
Vai onde a aurora mora e acorda um lindo dia
Colhe a mais bela flor que alguém já viu nascer
E não esqueça de trazer força e magia,
O sonho e a fantasia, e a alegria de viver


Ao que vai chegar - Toquinho/Mutinho

segunda-feira, 4 de abril de 2011

De quem lê sobre o amor

Hoje assisti a um vídeo da Fernanda Melo, uma escritora jovem, daquelas bem bacanas, que fala do mais comentado, escrito, cantado e chorado assunto da humanidade: o amor!

Não é nenhuma novidade pra ninguém: mulher sozinha, navegando pela internet, e lendo sobre amor. Que coisa mais bixinha...
Acontece que sozinha ou não, sendo amada ou ignorada, correspondida ou iludida, foda-se!
Saber do amor é um mal necessário. Saber do amor é como vive-lo sem ter um pra si.
Saber do amor é imaginar como seria estar ao lado daquele que você sabe ser o amor da sua vida e que, por algum motivo, não dá a mínima pra isso.
Ler sobre o amor é como preencher o vazio da espera. O vazio daquele ultimo encontro que não aconteceu, é como o lenço que enxugou as lagrimas do caminho de volta pra casa.
É mais ou menos como cantar o amor. Aquelas letras rasgadas, apaixonadas, cheias de drama e que só quem amou um dia consegue entender porque diabos tem gente que se emociona com aquilo.
Ler, saber, cantar o amor dos outros é mais ou menos como roubar um pouco daquela história que a gente não viveu. É sentir, lá no fundo, que houve coragem necessária pra viver essa coisa que corrói o peito e que, quando é só de um, pode ser uma dor mais física do que qualquer distensão muscular.
Escrever sobre o amor pode ser um desabafo, pode ser uma fantasia, pode ser uma vontade reprimida. Escrever sobre o amor é um jeito meio torto e inútil que eu arrumei pra tentar entender qual é a dificuldade que a gente tem de assumir nossas vontades, dar nossa cara a tapa e agüentar as conseqüências de tentar mais um pouco.
Foi o jeito que eu arrumei de enfiar o dedo na sua cara e dizer que eu esperei sim. Eu tentei sim e, por mais que tenha sido inútil e eu tenha esfolado minha cara por todo o asfalto que eu já percorri por você, tudo valeu a pena. Tudo.
Porque hoje posso até não estar feliz, mas to do lado do sábio poetinha que viveu menos que muitos, mas amou como ninguém.
A hora do amor, do meu, ainda vai chegar.

“Quando a gente para de acreditar no amor da vida,
aparece um amor pra vida da gente”
– Fernanda Melo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Prás águas de março e a pra vida que vem em Julho - deixa pra lá o que tiver entre isso.

Nessa parte em que o mundo desaba,
Não serei eu a única a ficar em pé.

Deixe que as enxurradas de março me levam
para
(quem sabe)
Um abril que me levante;
Prum junho que me embale;
E ao Julho que alegra o resto da vida

Ah, de que importa?!
Já chegou o carnaval.

“Aquieta-te, coração;
Deixa o batuque pra avenida”.


A gente pensa nisso depois...

terça-feira, 1 de março de 2011

Sofrimento Moderno

Sofria de um sentimento magro;
Não encontrava tempo nem para alimentar sua própria tristeza.